Adam Brody e Kristen Bell Protagonizam Ninguém Quer na Netflix

Oi gente, como vocês estão? Muito feliz por terem gostado do último post, não tinha ideia que meus textos seriam tão bem recebidos. Obrigada! Além de escrever alguns versos, assisti Ninguém Quer, a nova série da Netflix protagonizada por ninguém menos que Adam Brody (nosso eterno Seth Cohen) e Kristen Bell (nossa querida Veronica Mars).

Depois de ter visto tantos elogios pela internet, confesso que fui assistir sem muita expectativa. Mas confiante, afinal, quem acompanha Adam Brody desde The O.C gosta mais pela presença dele. Exemplo disso, é o filme Um caso de detetive, onde ele atua ao lado de Sophie Nélisse (A menina que roubava livros).

Ninguém Quer

Sobre Ninguém Quer

Ninguém Quer conta a história de Joanne (apresentadora de um podcast para adultos), e Noah, o rabino certinho da comunidade (alguma semelhança com The O.C?). Enquanto Joanne vive uma roleta russa em seus encontros, procurando defeito em cada pretendente, Noah acabou de terminar seu relacionamento sério com a namorada judia.

Ambos se encontram ao acaso numa festa, e sem saberem nada um sobre o outro vão descobrir que desse encontro pode surgir a história mais inesperada que uma família judia poderia esperar. Será que Bina Roklov, a mãe conservadora de Noah, está preparada para uma Shiksa se relacionando com o futuro rabino?

Ninguém Quer

O que achei do primeiro episódio?

Queria dizer que assisti apenas um episódio, mas… já terminei toda a temporada e decidi falar de cada um deles de forma individual. Apesar de parecer uma série cômica, se você prestar atenção nas entrelinhas, vai perceber alguns ensinamentos. É sobre esse outro lado de Ninguém Quer que vamos conversar.

  1. O que sentimos num relacionamento

Mesmo sendo muito romântica desde a adolescência, confesso que não tive muitos relacionamentos. Grande parte deles aconteceu apenas na minha mente. Vivi mais amores platônicos do que Platão poderia julgar (risos). Eu me apaixonava por um sorriso, por um olhar, por um ‘bom dia’, por bilhetinhos anônimos que deixavam no meu caderno, e por pessoas que compartilhavam os mesmos gostos, seja música, esporte, filmes, ou livros.

Minha mãe diz que sempre gostei muito de conversar, então encontrar alguém com essa mesma energia era um desafio, principalmente porque os homens não costumam falar tanto quanto nós mulheres.

No primeiro episódio percebemos justamente isso, essa ausência de sintonia entre Noah e Rebecca. Enquanto ela acredita que o relacionamento está pronto para o próximo passo, que eles têm o que precisam para um casamento sólido, Noah espera o ‘algo a mais’. Ele se sente morno no relacionamento, acredita que precisa de uma conexão mais forte, e isso não tem ao lado dela.

Outro fato que passa despercebido é a privacidade. Um casal precisa manter certos assuntos em segredo. Coisas que apenas os dois sabem e que ninguém pode interferir. Rebecca pensa o contrário, além de mexer nas coisas de Noah, ainda tem conversas com a mãe dele sobre a intimidade deles. Tornar os sentimentos públicos assim pode desgastar o relacionamento. Tanto que essa é a decisão dele.

Nobody Wants This
  1. As máscaras que usamos

Quando você já passou por diversas situações na vida, mais cedo ou mais tarde, aprende a criar um certo tipo de proteção. Seja para os outros não saberem o que você está sentindo, ou ainda mais importante, não deixar chegarem tão perto a ponto de te machucarem. Esse é um mecanismo de defesa muito útil porque te coloca na defensiva na maioria das vezes. Ninguém ultrapassa os limites que você impõe e assim passa pela vida sem grandes transtornos. Essa atitude me lembra um pouco a Lara Nesteruk, mesmo sendo muito intensa nos sentimentos, é perceptível até onde ela permite que as pessoas se aproximem.

Joanne é assim, e por diversos motivos. O primeiro deles é o relacionamento dos pais. Depois de ver a mãe que se dedicou por anos ao casamento ser deixada de lado, isso lhe causou grande frustração. E, por consequência, não acredita em encontros que possam dar certo e evoluir. Também não consegue se sentir conectada com nenhum pretendente, e logo os descarta. Algo semelhante acontece com a sua irmã, bonita e bem sucedida, porém sozinha.

A cena em que Joanne chega à festa usando um casaco de pele para que essa atitude chame mais atenção do que ela mesma, é um claro sinal para afastar as pessoas. Ou não deixá-las ver a pessoa incrível que ela pode ser debaixo de toda aquela roupa.

Isso me lembrou um diálogo que tive a alguns anos com a minha melhor amiga. Ela me questionou porque eu não deixava ninguém se aproximar de mim e seguirem tendo uma ideia errada a meu respeito. Respondi a ela que nem todo mundo merece conhecer o “nosso melhor”, merece descobrir o quanto somos incríveis, e quantas coisas boas somos capazes de fazer. Pensando nisso criei uma espécie de ‘muro invisível’ para me proteger e só mostro quem sou de verdade a quem se arriscar “pular” esse muro.

Às vezes nos abrimos para pessoas erradas e nos magoamos, demora bastante tempo para essa ferida cicatrizar. Foi por ter vivido certas situações que consigo compreender porque Joanne age dessa forma e me vi um pouco no personagem. Além da semelhança de ter os pais separados assim como ela.

Nobody Wants This
  1. O sermão do rabino

O ponto alto do primeiro episódio foi o sermão de Noah logo no finalzinho. Ele conta duas histórias e depois reflete sobre elas. Será que a nossa vida valeu a pena? Demos tudo de nós em tudo o que fizemos? Há algo mais que possamos fazer para deixar a nossa marca no mundo? Para torná-lo um lugar melhor para os outros?

Tudo à nossa volta está em constante mudança, mas será que estamos acompanhando essa evolução? Estamos olhando para nós mesmos e buscando um sentido na vida? Carregamos dentro de nós mais arrependimentos ou alegrias por ter arriscado no momento certo?

“… uma necessidade louca de saber se você viveu direito. Se você fez o suficiente, se disse o suficiente. Valeu a pena?”

Isso me deixou bem pensativa e me fez recordar quando saí da casa dos meus pais. Quando eu tinha o mundo inteiro à minha frente e nenhum medo de me arriscar. Mudar para uma cidade grande, sem conhecer ninguém, e acreditando dentro de mim que tudo daria certo. Conseguir um emprego, fazer um cursinho pré-vestibular, e entrar para a universidade que tanto queria. Creio que vivi intensamente esse período.

Enquanto ouvia o Noah falando me questionei se eu engasgasse como ele e a vida passasse diante dos meus olhos, quais seriam os meus arrependimentos. Quais sonhos ainda preciso realizar? Que lugares conhecer? Boas ações para fazer? Sempre é possível mudar a nossa vida e chegar mais próximo daquilo que desejamos. E isso me soou como um grande incentivo.

“Nós temos várias chances de acordar e mudar o rumo da nossa vida. Tudo pode ter um propósito, se você permitir.”

Impressões finais

Como disse ali no início a expectativa era uma série de comédia, porém me surpreendi positivamente. Perceber os diálogos profundos, descobrir o que se esconde nas entrelinhas, e fazer uma analogia com a própria vida, pode tornar a experiência de assistir Ninguém Quer ainda mais intensa.

Quanto a atuação ambos estão incríveis. O casal não tem aquela química que salta aos olhos como vemos em De repente 30, E se fosse verdade, ou Como se fosse a primeira vez, onde parece que os atores nasceram para aqueles papéis, mas funciona de um jeito maduro. Talvez por isso seja tão fácil se identificar com os personagens.

Em alguns momentos Seth Cohen aparece (quem é fã vai entender) e deixa as cenas ainda melhores. Ninguém Quer tem sorrisos, cafés, passeios, e um pouco de drama para temperar tudo isso.

Para finalizar não poderia deixar de elogiar a fotografia e as locações. A produção escolheu umas casas tão bonitas, fiquei simplesmente apaixonada por um dos jardins, ainda mais por estar tão florido. Sabe aquela casa aconchegante, que dá vontade de morar nela? É bem assim. Assistam para entender.

Agora me conta, você assistiu Ninguém Quer? Tem curiosidade em ver a evolução de Seth Cohen em Noah Roklov? Se já viu algum episódio, o que achou da série? Conta aqui nos comentários.

Até o próximo post, Érika ♡


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