Os Reinos Partidos

Os Reinos Partidos – Um Novo Legado de Magia, Guerras e Vingança

“Tudo se resume a sangue. O seu, o meu. Tudo”. Assim podemos resumir a emocionante e instigante jornada de deuses e mortais em Os Reinos Partidos, segundo volume da trilogia Legado, escrito por N. K. Jemisin e publicado, no Brasil, pela Editora Galera.

No primeiro livro desta série, Os Cem Mil Reinos, acompanhamos a jovem Yeine Darr em uma misteriosa, dramática e árdua batalha pelo trono Arameri para governar o mundo. E mais que isso, libertar deuses e deidades da escravidão. Questões políticas, sociais e mitológicas foram pontos fortes que chamaram minha atenção para a história, além do forte protagonismo feminino, dos personagens marcantes e da ambientação, que é espetacular.

É claro que as expectativas para o próximo Legado estavam altas. E sabe de uma coisa? Elas foram superadas!

Se você ainda não leu o primeiro livro da trilogia, está tudo bem. Em Os Reinos Partidos, embora seja o mesmo universo de Os Cem Mil Reinos, conhecemos uma trama completamente diferente: nova protagonista, novos personagens, lugares e desafios, tão instigantes quanto. Mas, para entender melhor o desenrolar desta história, recomendo a leitura do Volume 1 e da resenha aqui no blog!

UM MUNDO ONDE IMORTALIDADE E MORTALIDADE NÃO SE MISTURAM

Dez anos se passaram desde os acontecimentos do primeiro livro. A batalha no Céu – cidade acima das nuvens, onde reinava a Família Arameri – resultou em grandes mudanças no mundo todo. Os deuses não são mais escravos dos Arameri, a magia não é mais permitida e deidades vivem entre os mortais.

Abaixo da Árvore do Mundo, na cidade de Sombra, conhecemos a protagonista Oree Shoth, uma jovem e talentosa artista que ganha a vida tentando vender bugigangas, esculturas e suvenires aos turistas. Mas o que a torna especial são suas pinturas e que a única coisa que ela pode ver é magia. Oree é cega de nascença, porém, consegue enxergar o brilho da magia dos deuses.

Nos becos da cidade, há rastros desta magia deixados por deidades que se escondiam entre os mortais. E é em um destes lugares que Oree Shoth encontra um homem que cheirava como algo morto, no entanto, era iluminado com um brilho diferente dos que ela já havia acostumado. Em um ato de bondade e gentileza, ela o toma como hóspede e o nomeia “brilhante”.

Galera Record

“- Cuidado com ele – aconselhou. Falava comigo agora. – Seja amiga dele se quiser; se ele deixar. Ele precisa mais de você do que ele pensa. Mas por sua própria segurança, não o ame. Ele não está pronto para isso.”

O que ela não esperava era que, a partir daquele momento, as coisas tomariam um rumo diferente. Quando uma deidade é encontrada morta na escuridão dos becos, Oree e Brilhante se tornam os principais suspeitos. E, como se não bastasse, outras mortes acontecem por toda a cidade e provoca a ira do Senhor da Noite, Nahadoth, antiga maior arma dos Arameri e irmão de Itempas, o deus da luz.

“Se antes as pessoas eram obrigadas a louvar apenas o Iluminado Itempas, agora éramos encorajados a honrar
mais dois deuses: um Lorde das Sombras Profundas e alguém chamada Lady Cinzenta.”

Se você leu o primeiro livro e – assim como eu – se apaixonou pela protagonista Yeine e pelo sombrio Nahadoth, não espere vê-los retornar para esta história. Embora ambos estejam envolvidos nesta possível guerra entre deuses e mortais, a narrativa desta trama gira em torno de Oree, de suas escolhas, de sua magia e luta pela sobrevivência ao lado de Brilhante.

“- Mas o poder vem de dentro de você – continua meu pai. Ele abre uma das minhas pequenas mãos e traça a
impressão espiralada de um dedo. Faz cócegas e rio. – Se usar muito dela, vai ficar cansada. Se usar tudo… pequena-ree, pode morrer.”

Os Reinos Partidos

Um livro cheio de emoção, do início ao fim

É muito bom perceber ao longo das páginas a evolução da escrita e da criatividade da autora na construção de mundos, de personagens e narrativas comparados ao que nos são apresentados no primeiro livro, “Os Cem Mil Reinos”. Cada detalhe importa e faz diferença no desenrolar da história, desde a belíssima capa ilustrada por Douglas Lopes aos títulos dos capítulos.

Oree Shoth tem um desenvolvimento impressionante na trama, em que a cada virar de páginas, ela parece se tornar cada vez mais forte. Enquanto em um capítulo ela era apenas uma garota cega tentando vender bugigangas, no outro, apenas uma gota de sangue em suas mãos poderia ser um grande perigo ou uma salvação.

Enquanto em Os Cem Mil Reinos a linguagem era complexa de entender, Os Reinos Partidos têm uma leitura agradável, imersiva e gostosa de acompanhar. No entanto, os capítulos são bem longos e com diversas reviravoltas; isso atrapalhava um pouco a minha atenção e foco, mas não tira a qualidade da história.

Os Reinos Partidos tem um final fechado, mas que gera muita curiosidade e ansiedade para o que virá no próximo Legado: O Reino dos Deuses.

E você, já conhecia esta obra de N. K. Jemisin? Se você gosta de histórias de fantasia e ficção científica, não deixe de acompanhar este Legado.

Conheça outros livros da Galera.

Um abraço, Amanda!

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5 Comentários

  1. Oi! Eu adorei a sugestão de livro 🙂 a temática é bem interessante, gostei e já quero ler!

  2. Ainda não conhecia a obra do N. K. Jemisin, achei a história fantástica, gosto muito de ficção científica, fiquei bastante interessa pelo livro, histórias assim deixam o leitor grudado no livro,

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