Pecados Mortais

Pecados Mortais – Quais Segredos uma Ilha Pode Esconder

Oi gente, tudo bem? Mostrei nos stories semana passada as novidades que chegaram por aqui da Editora Trama. Um dos livros foi Pecados Mortais, de Maria Grund. Um thriller sueco que vai tirar o seu sono. Se você é fã do gênero não vai largar este livro até descobrir o que realmente aconteceu!

Quem segue o blog a mais tempo sabe o quanto sou fã de autores nórdicos, entre eles Søren Sveistrup (As sombras de outubro), Stieg Larsson (Os homens que não amavam as mulheres), Camilla Läckberg (A gaiola de ouro), Henning Mankell (Wallander), e Fredrik Backman (Gente Ansiosa).

Então, quando li a sinopse de Pecados Mortais e vi que a autora é sueca minhas expectativas se tornaram bem altas. E já adianto, fui surpreendida!

Um corpo é encontrado na pedreira

A história tem início quando o corpo de uma adolescente de 14 anos é encontrado numa pedreira de calcário distante do vilarejo. O local atrai muitos jovens e turistas no verão, mas agora, com a chegada do inverno a polícia não tem ideia como a garota chegou ali. Não há carro, moto, bicicleta, nenhum meio de transporte. Essa morte logo dá início a uma série de assassinatos na pequena ilha.

Sanna Berling, ao lado do colega também detetive Bernard iniciam as investigações. Mas logo são surpreendidos com a chegada de Eir Pedersen, detetive que veio do continente para substituir Bernard. Juntos eles irão colocar à prova os anos na polícia para desvendar as mortes de uma adolescente, um rico casal de idosos, e uma enfermeira. Tais acontecimentos têm alguma relação entre si?

Os detetives terão que correr contra o tempo para descobrir quem é o verdadeiro assassino e evitar que mais alguém se machuque ou seja a próxima vítima.

Pecados Mortais

Conhecendo Sanna Berling

Sanna é detetive a muitos anos, mas desde que perdeu sua família num incêndio se tornou dependente de remédios para dormir. Quando está dopada tem certeza que consegue ficar mais perto de seu filho de 5 anos. É uma pessoa muito intensa e guarda dentro de si o desejo de fazer justiça com as próprias mãos, uma vez que não conseguiram encontrar o responsável por colocar fogo em sua casa.

Hoje, ela “mora” numa pequena oficina caindo aos pedaços porque não quer se desfazer da propriedade da família. Todos os dias ela vai de carro visitar os escombros de sua antiga casa. Esse sentimento a torna mais sensível e a faz mergulhar de cabeça em cada caso a ser resolvido.

Eir Pederson

Eir, por outro lado, é geniosa. Dona de um temperamento explosivo não leva desaforo para casa. Esse é um dos motivos dela ter sido transferida para a ilha. Deve permanecer ali até as coisas se acalmarem no continente e poder retornar. Em sua primeira noite na ilha flagra duas adolescentes pixando uma parede. Ao invés de simplesmente seguir seu caminho ela inicia uma briga que termina em socos e pontapés.

Enquanto Sanna é introspectiva, Eir é mais racional, cética. Procura analisar os fatos de maneira fria. O que a torna boa no que faz. Seu único defeito talvez seja a falta de paciência e trato com as pessoas.

Bernard

O detetive está com os dias contados para se aposentar. Quanto menos burocraria e casos complexos aparecerem até lá melhor. Quer apenas cumprir horário e ir embora. No entanto, quando percebe que o caso da adolescente está longe de ser solucionado se junta à Sanna e Eir e tenta dar o seu melhor.

Maria Grund

Sobre Pecados Mortais

Como o corpo de uma garota de apenas 14 anos chegou à pedreira? Quem estaria por trás de algo tão horrendo? Enquanto Sanna faz milhares de perguntas, Bernard diz apenas que é um caso sem solução e quer ir para casa. No entanto, sondando melhor a área Sanna descobre uma câmera de segurança que pode responder às suas perguntas.

Em meio a investigação da adolescente a polícia recebe um outro chamado. Uma senhora encontra sua vizinha, também idosa, morta no sofá e a casa toda revirada. Seu marido desapareceu sem deixar vestígios e é o principal suspeito. Detalhe: ele anda numa cadeira de rodas. Como ia escapar da cena do crime sozinho? Será que há um cúmplice? Isso deixa a equipe ainda mais intrigada.

Enquanto a polícia está sobrecarregada com esses dois casos um novo chamado. Dessa vez um apartamento num bairro popular foi invadido e uma enfermeira morta. A única testemunha é seu filho de 13 anos escondido no guarda-roupa, ele está em choque e não lembra nada do que aconteceu.

Num primeiro momento o chefe de Sanna informa que a prioridade é o caso da idosa. Uma senhora rica dona do maior antiquário da região e benfeitora da ilha. Ao longo dos anos ela e seu marido fizeram doações de grandes quantias para a igreja. Mas Sanna reluta e segue investigando o caso da adolescente.

Conforme as investigações avançam surgem evidências de que os casos têm relação entre si. Mas o que exatamente? É isso que Sanna e Eir terão que descobrir antes que o assassino faça novas vítimas.

Editora Trama

A escrita de Maria Grund

Se você conhece a literatura nórdica sabe que os autores têm um jeito peculiar de contar histórias de suspense/thriller. Exemplo disso é As sombras de outubro, de Søren Sveistrup. Com enredo sombrio durante toda a narrativa e surpreende o leitor a cada virada de página. Pecados Mortais segue o mesmo estilo, um pouco menos devido as cenas de assassinatos da autora não serem tão descritivas quanto às de Søren, mesmo envolvendo uma característica religiosa que instiga a curiosidade do leitor.

A autora consegue mesclar luto, religião, críticas sociais e reflexões que vão além das páginas. É possível perdoar alguém que nos fez tanto mal? Fazer justiça com as próprias mãos é aceitável? Conhecemos de verdade aqueles que vivem próximos a nós? Quanto tempo demora para uma ferida cicatrizar? Qual a influência da religião em quem nos tornamos quando adultos?

Além disso, sua escrita é simples e envolvente. Maria Grund sabe manter o leitor atento a cada novo acontecimento e não deixa escapar em momento algum quem é o assassino ou qual sua motivação. Um final surpreendente.

Impressões finais

A edição da Trama está simplesmente incrível. Ilustração interna. Folhas pretas. Marcador na última página. E a capa? Pode assustar num primeiro momento, mas quando terminamos a leitura é fácil entender porque escolheram essa imagem. Faz todo sentido!

Quanto aos personagens gostei bastante da Eir, mas senti o coração apertado por tudo o que Sanna passou. Por mais que demore, creio que o tempo cura algumas feridas, mesmo que sejam profundas.

Quanto ao final… ainda não me recuperei. Digno de filme! Conforme eu ia lendo conseguia imaginar as cenas no cinema. As últimas páginas devorei no mesmo dia porque a curiosidade era grande. Valeu a pena? Com certeza! Se você tinha dúvida quanto aos livros da Trama não tem mais. Comece por Pecados Mortais.

Agora me diz curtiu a história? Sentiu um frio na barriga? Conhece a literatura nórdica? Tem algum autor para indicar? Antes de ir deixe um comentário 😉

Até o próximo post, Érika ♡


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10 Comentários

  1. Oi Érika!
    Menina achei o enredo intrigante será que vai virar filme? kkk Adoro livros investigativos e mistérios, e essa capa? Achei bem sugestiva mesmo não sabendo de toda a trama kkk. Parabéns conseguiu me chamar a atenção sobre o drama e com certeza irei ler, já anotei a dica, obrigado. Conforme lia sua resenha ficava pensando na cena do assassinato e em como os detetives iriam tentar resolver. Bjs!

  2. Olá Erika,
    ainda não li nada dessa editora, acredita? Mas isso irá mudar em breve, já até adicionei alguns títulos, cujos preços estão acessíveis, ao meu carrinho da amazon. Eu sou apaixonada por suspenses de todos os tipos e este já havia me chamado a atenção pela sinopse, ler sua resenha só fez meu interesse pela história crescer. Gostei de saber um pouco mais sobre os investigadores e espero realmente ficar presa a este mistério. Estou precisando muito de uma história capaz de me aprisionar por completo. Não me lembro de já ter lido autores nórdicos, e penso que esta é uma ótima oportunidade para começar.

    Abraços!

  3. Oi Erika!

    Menina eu preciso ler este livro logo! Eu já estava curiosa para saber mais detalhes do livro, porque a capa já havia me conquistado e com sua resenha, minha curiosidade aumentou. Deu um friozinho na barriga para descobrir este final surpreendente. Vou dar prioridade para livro rápido.

    Bjos

  4. Oi Érika, que bom que gostou da leitura! Eu confesso que fiquei super curiosa com essa premissa. Apesar de conhecer pouco da leitura nórdica, eu adoro thrillers, mas nunca li nada pesado que envolvesse crianças então não sei como seria para mim. Sobre autores nórdicos, eu recomendo os livros do Joistein Gaarden (li e gostei de O dia do curinga, O mundo de Sofia e o Castelo dos Pirineus) mas é um foco bem diferente desse, rs

  5. Olá Érika, tudo bem?

    Não conheço a literatura nórdica ainda e também não tinha visto nada a respeito desse livro, mas depois do seu post só sei que preciso lê-lo. É o tipo de suspense que realmente me prende, até por causa desse lado um tanto mais sombrio. Esse final que te deixou assim já me fez ficar bem curiosa. Quero ler o quanto antes agora!

    Beijos!

  6. Oi! Eu adorei a sugestão de livro, gostei bastante da tematica é bem interessante. Com certeza irei ler 😉

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