Querida Sue – Jessica Brockmole
O livro
Março de 1912: Elspeth Dunn, uma poetisa de 24 anos, nunca viu o mundo além de sua casa na remota Ilha de Skye, na Escócia. Por isso fica empolgada ao receber a primeira carta de um fã, David Graham, um estudante universitário da distante América. Os dois começam a trocar correspondências – compartilhando os segredos mais íntimos, os maiores desejos e os livros favoritos – e fazem florescer uma amizade que, com o passar do tempo, se torna amor. Porém a Primeira Guerra Mundial toma a Europa e David se oferece como voluntário, deixando Elspeth em Skye com nada além de esperanças de que ele sobreviva.
Junho de 1940: É o início da Segunda Guerra Mundial e Margaret, filha de Elspeth, está apaixonada por um piloto da Força Aérea Real. A mãe a adverte sobre os perigos de se entregar ao amor em tempos de guerra, mas a jovem não entende por quê. Então, durante um bombardeio, uma parede de sua casa é destruída e, de dentro dela, surgem cartas amareladas pelo tempo. No dia seguinte, Elspeth parte, deixando para trás apenas uma carta datada de 1915. Com essa única pista em mãos, a jovem decide ir em busca da mãe e, nessa trajetória, também precisará descobrir o que aconteceu à família muitos anos antes. Querida Sue é uma história envolvente contada em cartas. Com uma escrita sensível e cheia de detalhes de épocas que já se foram, Jessica Brockmole se revela uma nova e impressionante voz no mundo literário.
A autora
A carta.
Prezada senhorita,
Espero que não me considere atrevido, mas quis escrever-lhe para expressar minha admiração por seu livro Do ninho da águia. Admito que não sou chegado a poesia. O mais comum é me encontrarem com um exemplar cheio de orelhas de Huckleberry Finn ou com alguma outra coisa que envolva correr perigos mortais e escapar por um triz.
Mas algo em seus poemas me tocou mais do que qualquer outra coisa em anos. Estou hospitalizado e seu pequeno livro me animou mais do que as enfermeiras. Especialmente a que tem um bigode igual ao do meu tio Phil. Ela também me tocou mais do que qualquer outra coisa em anos, só que de um modo muito menos empolgante.
Em geral, fico atormentando os médicos para me deixarem caminhar, de forma que eu possa voltar às minhas maquinações. Ainda na semana passada, pintei de azul o cavalo do decano – e tinha esperança de fazer o mesmo com o terrier dele. No entanto, com seu livro na mão, fico contente em permanecer aqui, desde que continuem a me trazer gelatina de laranja.
A maioria dos seus poemas fala em trilhar os temores da vida e escalar o pico seguinte. Como a senhorita provavelmente imagina, são poucas as coisas que me abalam os nervos (afora minha enfermeira com pelos no rosto e seu insistente termômetro).
Mas mandar uma carta a uma escritora como a senhorita sem que fosse solicitada parece ser de longe meu ato de maior ousadia. Estou enviando esta carta à sua editora em Londres e vou cruzar os dedos para que ela chegue até a senhorita. E, se algum dia eu puder recompensá-la por sua poesia inspiradora – pintando um cavalo, por exemplo –, é só dizer.
Com muita admiração,
David Graham
Olá lindona.
Quero muito ler esse livro, me chamou muito atenção.
Beijos lindona.
Olá lindona.
Quero muito ler esse livro, me chamou muito atenção.
Beijos lindona.
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