Um Reino de Carne e Fogo – Vale a Pena Continuar a Série?

Oi gente, tudo bem? Hoje vim falar sobre Um Reino de Carne e Fogo, o segundo livro da série De Sangue e Cinzas de Jennifer L. Armentrout, lançado no Brasil pela Editora Record.

Quem acompanhou a minha resenha sobre o livro anterior já sabe que apesar de ter sido um livro que eu simplesmente devorei, eu terminei a leitura um pouco revoltada com o final. Mas eu não me arrependi nem um pouco de ter lido o segundo volume. Por isso hoje, decidi apontar seis motivos que me fizeram gostar mais da série e querer continuá-la.

Mas o que faz Um Reino de Carne e Fogo ser melhor do que De Sangue e Cinzas?

A REMISSÃO DE HAWKE

Eu não vou mentir… este livro já começou um pouco problemático para mim. A maneira como o De Sangue e Cinzas terminou e o comportamento manipulador de Hawke me causou certo desconforto e muitos desses sentimentos seguiram comigo ao longo do primeiro terço deste livro também.

Em Um Reino de Carne e Fogo, mergulhamos mais fundo na vida passada de Hawke e recebemos vislumbres das dores e torturas que ele sofreu e que o tornaram a pessoa que ele é agora. Isso não é justificativa para o que ele fez, não há dúvidas de que ele é cruel, mas também é certo que ele faria qualquer coisa para proteger aqueles que ama.

“Ele fez coisas que algumas pessoas poderiam considerar imperdoáveis. Coisas que assombrariam o seu sono e a deixariam com pesadelos muito tempo depois de acordar. (…) Mas ele é a única coisa em todos os reinos que você, e somente você, nunca precisará temer.”

Temos que lembrar que essa é uma obra de ficção. Na vida real não seria nem um pouco prudente esquecer o que ele fez da mesma forma que aparentemente Poppy esqueceu. Pelo menos não com tanta facilidade. Mas estamos aqui para aproveitar o que há de melhor no mundo da fantasia, né? Então vale colocar panos quentes aqui sim (repito: é somente ficção, ok?).

“Então, talvez, só por alguns minutos, quando não há ninguém olhando, quando não há mais ninguém aqui, nós podemos fingir. Fingir que não há passado. Nem futuro. Somos só nós dois, nesse exato instante.”

O AMADURECIMENTO DE POPPY

Uma das coisas que torna a leitura dessa série viciante é os personagens. Todos nós amamos uma personagem feminina forte, e Poppy demonstrou ser uma lutadora. Sabemos, desde o primeiro livro, que ela passou por muitas coisas: quando criança, seus pais foram assassinados a sangue frio e desde então ela carrega cicatrizes permanentes em seu rosto em decorrência desse ataque.

“Eu era a Donzela, quase toda a minha vida preparada para permanecer pura e focada apenas na minha Ascensão. Fui escolhida para ser dada aos deuses, embora nunca tenha escolhido a vida. E eu não sei o que você sabe sobre mim, mas eu não tinha controle sobre para onde ia, com quem falava ou com quem poderia falar.”

Tornou-se a Donzela e foi forçada a usar um véu e viver em reclusão. Foi aprisionada e descobriu que seu mundo inteiro tinha sido baseado em mentiras. No entanto, nossa bela e corajosa heroína nunca parou de lutar. Mesmo diante de tantas atrocidades, ela ainda permaneceu uma alma gentil, generosa e determinada a ajudar as pessoas ao seu redor. Ela passou quase toda a sua vida em silêncio, mas agora pode finalmente ser seu verdadeiro eu e é realmente fascinante acompanhar sua transição.

“Eu me perdi na liberdade de poder ler qualquer livro que quisesse. Na Masadônia, eu só tinha permissão para ler textos históricos e, embora Tawny muitas vezes me trouxesse livros mais interessantes para desfrutar, nunca era o suficiente.”

OS PERSONAGENS SECUNDÁRIOS APAIXONANTES

Neste livro temos a introdução de novos personagens secundários e que foram uma escolha certeira! Eu tenho que dizer, Armentrout tem um talento especial para construir relacionamentos. E não estou falando apenas de romance entre Hawke e Poppy, mas também do relacionamento de Poppy com Kieran.

Sem dúvida, ele foi o personagem que mais me cativou nesse volume e o responsável por me arrancar várias risadas durante a leitura. Constantemente, Kieran faz piadas e irrita Poppy com comentários sarcásticos, mas também começou a se importar genuinamente com ela. Sua irmã, Netta, é outra personagem agradável de acompanhar. Às vezes, é como se todos eles fossem como uma família. Será interessante acompanhar mais sobre eles nos próximos livros.

O DESENROLAR DA HISTÓRIA COM UM ENREDO ENVOLVENTE

Por ser mais focado na construção dos personagens do que o do primeiro livro, Um Reino de Carne e Fogo tem vários momentos de diálogos e reflexões. Isso não quer dizer que não haja nenhuma ação mas, de fato, ele é um pouco menos acelerado que o anterior. Ele também faz uma boa expansão do mundo, com base em nossa compreensão das histórias e mitos de Solis e Atlântia.

Apesar de ser menos dirigido à ação, a leitura teve um bom um bom ritmo para mim, pois eu particularmente gosto desse desenvolvimento e achei esperado em se tratando do segundo volume de uma série.

A ESCRITA EM PRIMEIRA PESSOA ACRESCIDA DE MISTÉRIO

Assim como o primeiro livro, Um Reino de Carne e Fogo é escrito em primeira pessoa, do ponto de vista de Poppy. Isso sem dúvida contribui para a fluidez da história e ajuda a criar um suspense, já que segredos vão sendo revelados na medida que Poppy toma consciência deles.

No geral, a leitura do segundo livro continuou tão viciante quanto a do primeiro para mim. Achei que a história desenvolveu bem os personagens ao mesmo tempo em que inclui ação e suspense suficientes para levar a trama adiante. Depois de começar a ler eu não consegui largar.

O DESFECHO QUE ME DEIXOU DESLUMBRADA

Assim como De sangue e Cinzas, Um Reino de Carne e Fogo termina com um cliffhanger. Mas na minha opinião, o final do segundo é muito melhor! Depois de uma cena incrivelmente descrita, alucinante e cheia de tensão, algo surpreendente é revelado e, diferente do primeiro livro (que me deixou indignada), me deixou na verdade, de queixo caído!

Se você é fã de fantasias viciantes, heroínas destemidas, romance sobrenatural e personagens charmosos, então você definitivamente deveria conhecer essa série!

Me conta nos comentários se vocês gostam de fantasia com romance.

Beijos, Flávia 🙂